3/19/2009

É!

Sinto aonde for, a ponta amolada desse som,
Conversa fiada em meio tom
A Dor atracada e eu aqui,
andando de Ré!

E vou caminhando em passos,
Sempre breves, compactos
Extraindo tudo
Que é de direito desse sopro de revolta,
Vejo deveres dentre essas letras tortas,
Procurando fé!

Mas sinto aonde for, o corte aberto entre nós,
De pontos amarrados em um só,
frustrações colocadas em um baú,
Que caiu,
Em pé!

11/04/2008

Covardia!

A tá!
Você está me dizendo
Que não vai estar, dentro de pouco tempo,
No nosso momento de começo, meio e fim?!
Sei...
Então assim você vai me comendo,
E as partes enfim vão se desfazendo
No tempo ruim de mim.

Não tente dizer que você correu porque tava com medo.
Nem tente esquecer do trato que me fez quando te fiz segredo.

10/06/2008

Lamento I

Desfigurei as idéias,
de par em par, por par.
Não encontrei você,
em nenhum corpo sequer.

Fácil com isso,
Ser o Início,
Dos "se Deus quiser".

Proclamei que em toda cor,
Tenha o mar, o bar... O bar!
O Iceberg,
sambando em vidros,
Doses de sal. Virar!

Litros de amores,
brotam de ralos,
e gargalos, como há.

Sentiu-se o ar, e dos rumores,
Gritar, em tons, em Lá.
Doces encantos,
Horrores tantos.
O céu, o sol, o pé,

Andando sóbrio,
Falando ébrio.
Em Si, "...Deus,
por quê?!"

9/18/2008

Resultado igual a zero.

Rejeitado, colocaram-me como errado.
Depois disso, me negaram tudo,
Até meus próprios afazeres foram negados
O “não” aclamado em coro, para todas as propostas que fiz
Foram negando minhas palavras, minhas atitudes
Afirmaram como erro o meu corpo
Imprensaram com certa força meus pensamentos
Até que estes couberam em um caixa,
Para ser guardada, como um arquivo morto
Foram excluindo meus gestos
Colocaram-me a margem, fora da linha
Negaram-me a casa, as coisas, a sorte
Até meu saldo ser resumido em um grande nada
Com inúmeros zeros depois da virgula

8/19/2008

Noite Cansa!

As pálpebras teimam em fechar...
Na verdade, há algum minutos elas vem dando trabalho
A cabeça não se mantém em equilíbrio
As palavras não param,
Parecem querer brincar de trocar de frase
Complicam tudo que já não parecia mais simples
É quase involuntário, o escuro toma a frente.
Depois são apenas vozes desencontradas
Depois foram apenas gargalhadas.
De dor, de frio, de desespero.
Sabia que estava errado
Mas tomam-se cores
Em fontes 12
Até o fim
Um alarme estronda e os ouvidos reconhecem
É a sirene do desespero, que conta todas as horas.
Como uma bomba relógio, que provavelmente,
Explodiu!

7/16/2008

O "sempre fim"

inevitavel, são praticamente fatos!

Enfim

As coisas sempre acabam!
Já tentaram me desmentir
Falando coisas sobre a perenidade de folhas...
Discordo, permito-me a isso!
Sei das dores do fim, e dos nós que desata
Mesmo apertando algum na garganta.
As coisas não mudam fisicamente
Mas parecem diferentes no fim
Até porque elas também terão um final
Espero que menos trágico do que qualquer um dos meus
Malditos finais mal amarrados!

6/30/2008

E vai sendo assim.

O tempo as vezes não me parece tão rígido.

Olhando quieto...
Aos números, as pessoas, as luzes ascendendo.
O céu cinza se aproxima de um azul escuro
O vento já não é mais o mesmo, agora me faz lacrimejar.
...
Pena que o tempo é o mesmo
As horas, e consequentemente os dias
Passarão da mesma maneira que antes.
Mas me coloco tão pessimista, que começo a acreditar
Que as coisas andam mais lentas
As cores se tornam mais frias
Uma lentidão eterna,
Até na espera cansada de um simples telefonema.
Aquela simples ação de vozes interpoladas
Faz o tempo andar correndo
Brincar comigo
Triste o ato de desligar, voltar à lentidão serene da espera.
E dói o ato de caminhar, passar pelas pessoas quietas
Pelas luzes tão mapas
Me levando até aqui.